Atualidades: Cotas - Faz bem ou faz mal?

No dia 29 de agosto de 2012, a presidente Dilma Rousseff aprovou uma lei que define que 50% das vagas das universidades federais precisarão ser ocupadas por ex-alunos de escola pública. Em um país onde existem outros tipos de cotas para vestibulares, como os pontos acrescidos para quem se declarar negro e uma porcentagem a mais para quem vier de escolas públicas, a aprovação da nova lei traz de volta o velho debate: as cotas funcionam?
 Existem pontos de vista diferentes sobre o assunto: muitos acreditam que é uma forma de aumentar as chances do jovem de escola pública entrar em uma universidade, outros acreditam que é uma injustiça, já que quem teve determinado tipo de ensino acaba sendo privilegiado. Independente da opinião, não dá pra negar que a única intenção do governo com a criação de cotas é camuflar a péssima educação presente no país. E que se o Brasil demonstrasse bons índices de aprendizado e educação as cotas seriam desnecessárias e aí sim a entrada nas universidades seriam justas.
 Outra questão que é ainda mais polêmica é a cota para negros. Existem uma série de debates acerca do assunto e claro que não existe o lado certo. Pessoas contra cotas para negros dizem que isso menospreza uma raça, e traz um preconceito de que negro é "burro", já pessoas a favor das cotas divulgam pesquisas que mostram que os negros sim são minoria nas universidades e a cota é uma maneira de mudar essa situação. 
  O fato é que o jovem brasileiro faz um caminho curioso: paga anos e anos uma escola particular para ter capacidade de entrar em uma faculdade pública. Enquanto no ensino médio o ensino público é desvalorizado e não demonstra capacidade real de educar seus alunos, no ensino superior é exatamente o contrário: as faculdades pagas, no geral, são vistas como de má qualidade. Mas quem entra nas faculdades pagas? Aqueles que não tiveram condições a vida toda de pagar um ensino de qualidade, mas precisam se esforçar para pagar a faculdade para conseguir um diploma.